A equipa do JUVENTUDE de Vila Real de Santo António foi aplaudida, no final do último jogo e ao receber a medalha do 4.º lugar, como CAMPEÃ.
Pelo que se tem lido neste fórum, os adeptos do JUVE ao fazê-lo parece que cometeram um crime…
Ora a palavra “campeão” é atribuída, efectivamente, ao “vencedor de uma prova desportiva…”. No entanto este facto não obsta a que se lhe atribua outra acepção “pessoa ou entidade notável em algum domínio” ou ainda “combatente e guerreiro” (in Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea da Academia das Ciências de Lisboa, Verbo, 2001).
Depois deste pequeno intróito, penso que ficou claro, para as mentes menos esclarecidas, o que é que os adeptos/pais/familiares/amigos do JUVE quiseram transmitir quando apelidaram aquelas magníficas atletas de “CAMPEÃS”.
As nossas meninas, como carinhosamente nos referimos a elas, tiveram uma atitude notável, digna, onde o desportivismo, a abnegação e o espírito de sacrifício estiveram sempre presentes. Portaram-se como umas verdadeiras “guerreiras” que nunca voltaram a cara à luta e às dificuldades.
Havia a ideia que o JUVE seria o “bombo da festa”. Porque apesar de tido um excelente desempenho nas etapas anteriores, nunca tinha dado grandes “goleadas”.
Pois bem, o JUVE apresentou-se, ao longo de toda a época, com 12 jogadoras (algumas delas praticantes há apenas 1 ano e meio) e os seus “enormes” treinadores tiveram a coragem de as fazer rodar, na grande maioria dos jogos. Parece que para José Carlos Pereira (treinador principal) e Bruno Frederico (treinador adjunto), para além da vontade legítima de ganhar, havia o objectivo de fazer “crescer” todas as suas jogadoras – preocuparam-se com o presente e prepararam o futuro.
Quiseram, pois, mostrar, nesta fase final, o seu verdadeiro valor e que tinham alcançado este desiderato com mérito.
Guerreiras, porque, desde a chegada a Oeiras começaram a sentir que estavam a ser discriminadas pela negativa em relação às restantes atletas. Ao contrário das outras comitivas, foram relegadas para uma pousada da juventude sem condições para acolher atletas que iriam participar em 5 jogos em 3 dias. Elas, quando partiram de Vila Real de Santo António, tinham a ilusão de poder ficar no Centro de Estágio do Jamor. Ilusão gorada – ficaram todas, incluindo as atletas da equipa da casa, menos as nossas algarvias.
Habituadas a contar com o apoio, inigualável, da sua grande claque, no 1.º jogo tiveram que assistir ao triste episódio dos seus apoiantes serem intimidados pelos agentes da PSP, destacados para garantir a segurança do torneio. Por indicação do Sr. Presidente da Associação de Basquetebol de Lisboa, mandaram calar as cornetas de sopro e um bombo que, supostamente, estariam a incomodar o normal desenrolar do jogo e uma senhora árbitro (que viria a apitar a final).
Puderam assistir aos restantes jogos em que os apoiantes das outras equipas utilizaram os meios de apoio que bem entenderam (vuvuzelas, cornetas de gás, megafones…) e, inclusive, ao triste episódio em que a claque da equipa da casa insultou a claque do CNP, com a intervenção de 4 agentes da PSP e com o Sr. Presidente da Associação de Basquetebol de Lisboa, impávido e sereno, sentado na sua cadeira – preocupou-se com as cornetas e o bombo da claque do JUVE e aceitou, calmamente, os impropérios vociferados pelos “bem-formados” elementos da claque da equipa da casa!?
Foram valentes as nossas meninas, porque aguentaram, sem protestar, à dualidade de critérios das equipas de arbitragem, todas pertencentes à Associação de Lisboa, em benefício da equipa da casa – veja-se que os postes da equipa da casa estavam constantemente dentro do “garrafão” e nunca lhes foi marcado 3”. Estamos a falar de árbitros internacionais.
Para nós a equipa do JUVENTUDE foi, por tudo isto, uma verdadeira CAMPEÃ!
FORÇA JUVENTUDE!
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Assunto: JUVENTUDE CAMPEÃO 
